Os militares russos disseram, na sexta-feira, que as forças de defesa aérea da Síria derrubaram 22 mísseis disparados por aviões de guerra israelenses durante um ataque aéreo a alvos na Síria.
O Brigadeiro General Vadim Kolet, chefe do Centro de Reconciliação Militar Russo na Síria, disse que seis aviões de combate israelenses alvejaram instalações nas províncias de Damasco e Homs do espaço aéreo libanês na noite de quinta-feira.
Collette disse que as unidades de defesa aérea da Síria derrubaram 22 dos 24 mísseis disparados por aviões de guerra israelenses com os sistemas de defesa aérea Pantsyr-S e Buk-M2 fornecidos pela Rússia.
Não houve reação imediata de Israel, que raramente comenta sobre suas operações militares na Síria.
A Síria afirma rotineiramente que abate mísseis israelenses. Os analistas da guerra na Síria geralmente acreditam que tais alegações – ouvidas após quase todos os ataques aéreos israelenses – são falsas e vanglórias vazias.
A Rússia, que fornece à Síria suas defesas antiaéreas, também tem interesse em mostrar que não é ineficaz.
A declaração de Colette veio na sequência do que foi declarado em um relatório da Agência de Notícias oficial da Síria (SANA) de que as unidades de defesa aérea da Síria responderam a um ataque aéreo israelense visando o interior de Damasco e a província central de Homs.
Não houve relatos oficiais de vítimas, mas o monitor de guerra da Grã-Bretanha disse na sexta-feira que os ataques mataram quatro combatentes pró-Irã aliados do regime de Damasco.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos disse que os mísseis israelenses tinham como alvo “depósitos de armas e locais militares” pertencentes ao libanês xiita Hezbollah, na área de Al-Qarrah a noroeste da governadoria de Damasco, perto da governadoria de Homs e da fronteira libanesa.
Um míssil de defesa aérea, no centro, segue em direção ao que parece ser um míssil disparado contra a Síria, em um vídeo distribuído pelo Syrian Regime News. (Captura de tela: YouTube / SANA)
Os ataques mataram quatro membros do grupo apoiado pelo Irã, mas não ficou claro se eles eram sírios ou libaneses, de acordo com o War Monitor, uma organização de oposição pró-Síria sediada no Reino Unido com financiamento incerto.
A mídia libanesa também relatou que dois mísseis pousaram na região de Qalamoun na fronteira acidentada entre o Líbano e a Síria, embora não esteja claro se os mísseis foram o resultado de alegados ataques aéreos ou as interceptações errôneas.
Israel realizou centenas de ataques aéreos dentro da Síria no contexto da guerra civil do país, visando o que diz serem carregamentos de armas com destino ao grupo libanês Hezbollah, apoiado pelo Irã, que está lutando ao lado das forças do governo sírio. Esses processos raramente são reconhecidos ou discutidos.
A Rússia vem realizando uma campanha militar na Síria desde 2015, para ajudar o governo do presidente Bashar al-Assad a recuperar o controle da maior parte do país após uma guerra civil devastadora. Moscou também ajudou a modernizar os arsenais militares da Síria e treinar seu pessoal.
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