Uma enfermeira militar brasileira administra a vacina do Astrogeneca corona virus (COVID-19) a um cidadão em 3 de maio de 2021, um dia de vacinação na tenda das Forças Armadas Brasileiras no Rio de Janeiro, Brasil. REUTERS / Ricardo Moraes
Após a morte de uma futura mãe de um derrame relacionado à vacina no Rio de Janeiro, o governo federal brasileiro parou na terça-feira a vacinação de mulheres grávidas com o Astrogenega (AZN.L) COVID-19 injetado em todo o país.
A suspensão foi imposta como medida de precaução após advertência da Controladora Sanitária da Anvisa sobre o uso da vacina para gestantes, Francescinado, coordenador do programa de vacinação do Ministério da Saúde.
As autoridades estão investigando o incidente. Esta suspensão aplica-se apenas à injeção de Astrogeneka, e não às vacinas desenvolvidas pela Sinovac (SVAO) e Pfizer Inc. (PFEN) utilizadas no país.
Uma mulher grávida morreu no Rio de Janeiro após receber uma injeção astrogênica, disse o secretário estadual de saúde Alexandre Chippe.
A mulher de 35 anos, que estava com 23 semanas de gravidez, morreu de acidente vascular cerebral hemorrágico na segunda-feira após ser testada em um hospital há cinco dias, disse a Anvisa.
“Estima-se que o evento adverso grave do AVC hemorrágico esteja relacionado ao uso da vacina dada à gestante”, afirmou a Anvisa em nota.
A AstraZeneca relatou que mulheres grávidas e mulheres amamentando foram excluídas dos ensaios clínicos de sua vacina COVID-19. O relatório acrescentou que os estudos em animais não produziram nenhuma evidência direta ou indireta de danos relacionados à gravidez ou ao desenvolvimento fetal.
A Anvisa informou que nenhum outro evento adverso foi relatado em gestantes que receberam a vacina.
A vacina AstraZeneca é fabricada e distribuída no Brasil em parceria com a empresa pública de saúde Fiocruz.
A presidente da Fiocruz, Nicia Trinidad, disse aos repórteres que a suspensão era necessária.
A decisão nacional de suspender o uso da vacina em gestantes segue decisões anteriores nos estados do Rio e São Paulo, citando recomendação da Anvisa.
O Brasil registrou a segunda pior erupção de COVID-19 no mundo, com o número oficial de mortos subindo para mais de 425.000, disse o ministério da saúde na terça-feira.
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