Não muito tempo atrás, Fernanda da Silva estava com fome como milhões de outros brasileiros.
A mãe de três filhos, de 40 anos, estava desempregada e o dinheiro era um problema. A renda mensal de seu marido – 1.300 reais (US$ 250), o salário mínimo – manteve a família à tona. “Foi muito difícil para nós”, lembrou Silva. “Eu não tinha renda e estava com fome.”
Então, há um ano, a Sra. Como parte de um plano ambicioso para criar a maior horta urbana do mundo, Silva começou a plantar produtos frescos em terras não muito longe do Cajuiro, a favela do Rio de Janeiro onde mora.
Com uma bolsa mensal de 500 reais (US$ 95, £ 79) da cidade e montes de comida fresca que ela pode levar para casa – junto com outros 34 jardineiros – agora, Silva está colocando seus dedos verdes para trabalhar. custo.
“Eu trago comida saudável para casa para colocar na mesa para meus filhos”, diz ela, agachada entre fileiras vibrantes de espinafre, beterraba, tapioca e cenoura, ocasionalmente arrancando ervas daninhas.
Mas a Sra. Silva diz que o impacto do jardim foi muito além. “Nós levamos comida para as mesas de muitas pessoas.”
O maior jardim urbano do mundo
A ideia por trás da horta comunitária é gerar renda para moradores de favelas próximas, como Dona Silva, enquanto ajuda a alimentar moradores vulneráveis. Uma vez concluído, deve produzir alimentos para cerca de 50.000 famílias locais a cada ano a partir de 2024.
A fazenda está localizada em uma área operária do Rio de Janeiro, no que já foi uma paisagem chamada ‘Quilombo’, um assentamento fundado por africanos escravizados que escaparam do cativeiro. Antes das Olimpíadas do Rio, cerca de 900 famílias foram evacuadas para criar um parque bem cuidado onde os espectadores pudessem assistir aos jogos.
Um pequeno pedaço deste parque está agora sendo convertido em um jardim urbano. O tamanho de um campo de futebol já foi concluído e espera-se que aumente mais de dez vezes – para 110.000 metros quadrados (27 acres) – até o final do ano.
Metade da produção será doada para moradores de favelas carentes, e o restante será vendido a um preço razoável, com a renda dividida entre os jardineiros, diz Julio Cesar Barros, especialista em solos e cultivos que trabalha na cidade.
“Queríamos mostrar que é possível cultivar alimentos dentro de um grande centro urbano como o Rio de Janeiro”, diz.
A fome aprofunda a crise
Em um Brasil cada vez mais faminto, as hortas urbanas oferecem um vislumbre de esperança.
Mas uma recessão dolorosa, uma pandemia punitiva e a inflação crescente apagaram esses ganhos. Cerca de 33 milhões de brasileiros – 15,5% da população – estão famintos. Nova pesquisa Uma rede de grupos da sociedade civil, incluindo ActionAid e Oxfam, apareceu este mês.
Luciane Costa, presidente da Associação de Moradores das Favelas Faz-Quem-Quer e Morrinho, diz que o projeto tem dado uma importante tábua de salvação em um momento em que muitos lutam para sobreviver.
Ele espera que a horta urbana inspire comunidades em outros lugares e ajude outras que lutam contra a fome. “O que estamos fazendo aqui mostra o que é possível… Espero que possamos ser um exemplo para os outros.”
Para a Sra. Silva, jardineira, a experiência já mudou a vida.
“Me deu muita alegria estar aqui e fazer parte disso – fazer o que amo, que é trabalhar com o solo, plantar”, diz ele. “Esta é uma oportunidade especial para mim.”
Gabriela do Brasil (primeira) cava a bola durante a partida do Grupo 2 da Liga das Nações de Voleibol Feminino da Federação Internacional de Voleibol (FIVB) entre Brasil e Estados Unidos em 17 de maio de 2024 no Rio de Janeiro, Brasil. (Xinhua/Wang Tiangang)
Torcedores brasileiros comemoram durante a partida do Grupo 2 da Liga das Nações de Voleibol da FIVB entre Brasil e Estados Unidos em 17 de maio de 2024, no Rio de Janeiro, Brasil. (Xinhua/Wang Tiangang)
Durante a partida do Grupo 2 da Liga das Nações de Voleibol da FIVB entre Brasil e Estados Unidos, EUA M Skinner (3º R), Brion Butler (2º R) e Jordan Larson (1º R) bloquearam a rede. Rio de Janeiro, Brasil, 17 de maio de 2024. (Xinhua/Wang Tiangang)
Kisi (2ª E) e Julia Goodes (1ª D) do Brasil são bloqueadas durante a partida do Grupo 2 da Liga das Nações Femininas de Voleibol da FIVB entre Brasil e Estados Unidos em 17 de maio de 2024 no Rio de Janeiro, Brasil. (Xinhua/Wang Tiangang)
Gabriela (C) do Brasil acerta durante a partida do Grupo 2 da Liga das Nações de Voleibol da FIVB entre Brasil e EUA em 17 de maio de 2024 no Rio de Janeiro, Brasil. (Xinhua/Wang Tiangang)
Rosamaria (R) da Brasil durante a partida do Grupo 2 da Liga das Nações de Voleibol da FIVB entre Brasil e EUA em 17 de maio de 2024 no Rio de Janeiro, Brasil. (Xinhua/Wang Tiangang)
O técnico dos Estados Unidos, Kirch Crawley, dá instruções às jogadoras durante a partida do Grupo 2 da Liga Feminina de Voleibol da FIVB entre Brasil e Estados Unidos em 17 de maio de 2024, no Rio de Janeiro, Brasil. (Xinhua/Wang Tiangang)
Ali Fronti (R), dos Estados Unidos, dispara durante a partida do Grupo 2 da Liga das Nações de Voleibol Feminino da Federação Internacional de Voleibol (FIVB) entre Brasil e Estados Unidos em 17 de maio de 2024 no Rio de Janeiro, Brasil. (Xinhua/Wang Tiangang)
Jogadoras brasileiras comemoram durante a partida do Grupo 2 da Liga das Nações de Voleibol da FIVB entre Brasil e Estados Unidos, em 17 de maio de 2024, no Rio de Janeiro, Brasil. (Xinhua/Wang Tiangang)
Ana Cristina (R) do Brasil dispara durante a partida do Grupo 2 da Liga das Nações de Voleibol Feminino da Federação Internacional de Voleibol (FIVB) entre Brasil e Estados Unidos em 17 de maio de 2024 no Rio de Janeiro, Brasil. (Xinhua/Wang Tiangang)
Roberta (2ª E) e Julia Goodes (1ª D) bloqueiam durante a partida do Grupo 2 da Liga das Nações de Voleibol Feminino da Federação Internacional de Voleibol (FIVB) entre Brasil e Estados Unidos em 17 de maio de 2024 no Rio de Janeiro, Brasil. (Xinhua/Wang Tiangang)
Jogadoras brasileiras comemoram durante a partida do Grupo 2 da Liga das Nações de Voleibol da FIVB entre Brasil e Estados Unidos, em 17 de maio de 2024, no Rio de Janeiro, Brasil. (Xinhua/Wang Tiangang)
Gabriela (L) do Brasil comemora durante a partida do Grupo 2 da Liga das Nações de Voleibol Feminino da Federação Internacional de Voleibol (FIVB) entre Brasil e Estados Unidos em 17 de maio de 2024 no Rio de Janeiro, Brasil. (Xinhua/Wang Tiangang)
Jogadoras brasileiras posam para fotos após vencerem a partida do Grupo 2 da Liga das Nações de Voleibol Feminino da Federação Internacional de Voleibol (FIVB) entre Brasil e Estados Unidos em 17 de maio de 2024, no Rio de Janeiro, Brasil. (Xinhua/Wang Tiangang)
O Brasil sediará a próxima Copa do Mundo Feminina da FIFA depois de vencer uma votação aberta no 74º Congresso da FIFA.
O Brasil foi escolhido para sediar o décimo torneio depois de receber 119 votos contra 78 votos em uma candidatura conjunta de Bélgica, Holanda e Alemanha.
“Esta é uma vitória para o futebol feminino na América do Sul e uma vitória para o futebol feminino em todos os lugares onde a FIFA trabalha para melhorar e fortalecer a cada dia”, disse Ednaldo Rodriguez, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
“Podem ter certeza de que nos esforçaremos para sediar a maior e melhor Copa do Mundo Feminina da FIFA, não querendo ser desperdiçados. Espero que todos vocês venham ao Brasil e desfrutem da hospitalidade do nosso país.
Esta é a primeira vez que o Congresso da FIFA vota nas anfitriãs da Copa do Mundo Feminina da FIFA.
O torneio proporcionará uma oportunidade significativa para a FIFA continuar a aproveitar o impulso criado pelas edições anteriores, incluindo a Copa do Mundo Feminina da FIFA, que bateu o recorde do ano passado, na Austrália e na Nova Zelândia.
O congresso, que contou com a presença de todas as 211 federações-membro da FIFA, abriu com um discurso em vídeo da primeira-ministra tailandesa, Shretha Thavisin, e um discurso do presidente da Associação de Futebol da Tailândia (FAT), Nuwalphan Lamsam, a primeira mulher presidente da Ásia. Associação Membro quando foi eleito no início deste ano.
Dados do Censo 2022 Publicados Hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra uma queda significativa na taxa de analfabetismo do país: de 9,6% dos brasileiros com mais de 15 anos em 2010 para 7% em 2022. Por alfabetização, a pesquisa considera pessoas que sabem ler. E escreva uma nota simples.
Embora a taxa de analfabetismo seja mais elevada entre os idosos (20,3 por cento das pessoas com mais de 65 anos), ocorreram melhorias nas condições gerais em todas as faixas etárias. “O alto índice de analfabetismo entre os idosos é reflexo da dívida educacional do Brasil, que não dá acesso à educação na idade certa”, explica a analista da pesquisa Bedina Fresneda. Em 1940, menos da metade da população brasileira (44%) era alfabetizada.
Por raça, os brancos continuam a ter uma taxa de analfabetismo duas vezes maior que a dos negros e três vezes maior que a dos indígenas brasileiros. Segundo Fresneda, as taxas de analfabetismo são mais elevadas entre os brancos mais velhos – uma indicação de que este segmento da população teve maior acesso à escola numa idade adequada.
Os adultos brancos e os adultos de ascendência do Sul e do Leste Asiático têm as taxas de alfabetização mais baixas, de acordo com dados divulgados hoje.
A boa notícia é que esta desigualdade diminuiu no intervalo de 12 anos entre os dois últimos censos. A diferença entre brancos e negros diminuiu de 8,5 para 5,8 pontos percentuais, e entre brancos e aborígenes de 17,4 para 11,7 pontos percentuais.
A desigualdade regional também fica evidente nos dados do IBGE. Por exemplo, a taxa no Nordeste (14,2%) continua a ser o dobro da média nacional. Apenas os municípios com mais de 100 mil habitantes apresentavam taxas de analfabetismo inferiores à média nacional. As áreas entre 10.000 e 20.000 residentes tiveram a taxa mais elevada (13,6 por cento). No Brasil, a alfabetização é responsabilidade direta dos municípios, e isso acontece porque o alcance desse objetivo está relacionado aos recursos disponíveis para as cidades investirem em educação.
Essa relação entre renda e acesso à educação fica evidente quando se olham as cidades com menores taxas de analfabetismo em grupos de diferentes tamanhos: todas elas estão na Região Sul ou no estado de São Paulo, respectivamente a segunda região mais industrializada. País e Estado Rico.
Novos dados do censo de 2022 mostram que apenas entre as pessoas com mais de 65 anos as taxas de alfabetização dos homens são mais elevadas do que as das mulheres.