O que você precisa saber
- A Microsoft está atualmente no processo de aquisição da Activision Blizzard em um acordo no valor de aproximadamente US$ 69 bilhões.
- O negócio deve ser aprovado por diversas agências reguladoras em diferentes países.
- O Conselho Administrativo de Defesa Econômica, ou CADE, aprovou a aquisição sem restrições.
- A FTC, a Comissão Europeia e a Autoridade de Mercados e Concorrência do Reino Unido ainda estão investigando o acordo.
Ainda há caminhos a percorrer, mas a compra planejada da Activision Blizzard pela Microsoft está um passo mais perto de ser concluída.
O Conselho Administrativo de Economia da Defesa (CADE) aprovou na quarta-feira a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft com um depósito público (Abre em uma nova aba). O documento (em português naturalmente) afirma que você concorda em comprar sem restrições.
“Além disso, é importante enfatizar que o objetivo central das atividades do CADE é proteger a concorrência como forma de aumentar o bem-estar dos consumidores brasileiros, e não defender os interesses especiais de determinados concorrentes”, CADE explicou (Abre em uma nova aba) (Traduzido por Redefinir IDs de usuário (Abre em uma nova aba)).
Nesse sentido, embora reconheça que uma parcela dos usuários do console PlayStation (da Sony) pode decidir migrar para o Xbox caso os jogos da Activision Blizzard – e principalmente Call of Duty – se tornem exclusivos do ecossistema da Microsoft, SG/Cade não acredita que tal possibilidade representa, por si só, um risco para a concorrência no mercado de consoles como um todo.”
O Brasil não é o primeiro regulador a concordar com esse negócio (com a Arábia Saudita também não tendo objeções à compra), mas é digno de nota. Como parte de sua investigação, o CADE divulgou detalhes da consulta à Microsoft, Sony e várias empresas terceirizadas sobre como o acordo afetará a indústria de jogos, oferecendo uma opção incomumente aberta, pois a Sony afirmou que o acordo afetaria as escolhas dos jogadores, enquanto a Microsoft reiterou seus planos de manter o jogo Call of Duty é multi-plataforma.
Levará algum tempo até que o acordo seja concluído – o maior de todos os tempos em jogos, em cerca de US$ 69 bilhões -, pois ainda precisa ser aprovado ou perseguido sem contestação por outros reguladores ao redor do mundo. O acordo está sendo investigado pela FTC dos EUA, bem como pela Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA) e, mais recentemente, pela Comissão Européia.
A CMA, em particular, levantou preocupações de que o acordo possa sufocar a concorrência na indústria de jogos. O chefe da Microsoft, Brad Smith, disse em resposta que a empresa está pronta para trabalhar com os reguladores em qualquer preocupação. Enquanto isso, o CEO da Sony Interactive Entertainment, Jim Ryan, disse que os termos oferecidos pela Microsoft para manter a gigante série Call of Duty no PlayStation eram “inadequados” e elogiou a CMA por uma investigação mais aprofundada do acordo.