A agência reguladora de saúde brasileira, Anvisa, deu na sexta-feira luz verde para importar a vacina russa COVID-19 Spotnik V, mas as condições foram colocadas.
O painel da Anvisa votou por 4 a 1, aprovando a condição após mais de sete horas de deliberação, seguindo recomendação anterior de seu corpo técnico.
A Anvisa também votou pela aprovação, com condicionantes, de uma tomada de Kovacs produzida pela Bharat Biotech, empresa privada com sede na cidade indiana de Hyderabad.
“O Sputnik chegará ao Brasil em julho”, tuitou Grill Dimitriev, presidente-executivo do Fundo Russo de Investimento Direto (RTIF), que vende a vacina Sputnik V no exterior.
O Sputnik V tuitou que o Brasil é o 67º país a reconhecer a vacina.
Na manhã desta sexta-feira, a equipe técnica da Anvisa havia recomendado a aprovação da vacina, mas apenas em certas condições deve ser usada em adultos saudáveis.
As decisões vêm depois que o órgão regulador da saúde rejeitou a importação do Spotnik V Shot no final de abril, que foi solicitada por governadores de estado em busca de vacinas. Os estados inicialmente queriam a quantia de 37 milhões.
Na época, o painel de cinco membros da Anviza votou unanimemente pela não aprovação da vacina russa, citando a falta de dados que confirmassem sua segurança, qualidade e eficácia, depois que a equipe técnica destacou “riscos inerentes” e “graves” deficiências. consulte Mais informação
A rejeição deu início a um teste de intercâmbio com desenvolvedores russos, que ameaçaram processar a agência brasileira por difamação, acusando-os de lutar sob pressão dos EUA.
Na época, Spotnik V e Kamaleya e RDIF, sediados em Moscou, disseram que o Spotnik V era 97,6% eficaz contra o COVID-19 em uma estimativa do “mundo real” baseada em dados de 3,8 milhões de pessoas.
Uma fonte envolvida no processo de análise da vacina disse à Reuters na sexta-feira que a decisão da Anvisa foi “uma tentativa de trazer uma solução que garanta segurança mínima. Vamos examinar os dados da vida real e o desempenho agora”.
O governo brasileiro assinou um acordo para a compra de 20 milhões de doses da covaxina em fevereiro, e a Bharat Biotech solicitou o uso urgente da vacina no Brasil no início de março. No entanto, a Anvisa decidiu no dia 31 de março que a vacina não atendia aos padrões de produção.
O programa de vacinação do Brasil é afetado por atrasos e falhas nas compras, levando o país a um dos piores hotspots COVID-19 do mundo neste ano, levando o sistema nacional de saúde à beira do colapso.
O Brasil vacinou até agora 47,6 milhões de pessoas com a primeira dose, o que equivale a 22,6% da população, mas apenas 22,7 milhões com duas doses ou 10,8% da população.
O Brasil registrou 16,84 milhões de casos confirmados do vírus corona e mais de 470 mil mortes desde o início da epidemia. As mortes diárias caíram desde o pico da segunda onda em abril, mas são muito maiores do que o pior de 2020.
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