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Brasil expande fronteiras do porto de Santos antes da privatização

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Porto de Santos (imagem de arquivo)

Publicado em 28 de janeiro de 2022 às 13h53 por

O Executivo Marítimo

O governo do Brasil está intensificando uma iniciativa para privatizar o Porto de Santos, o maior porto marítimo da América Latina. Na semana passada, o Ministério da Infraestrutura (MINfra) do Brasil emitiu uma portaria aprovando uma expansão significativa dos limites portuários, quase dobrando a área seca do Porto de Santos. Agora se estende sobre o continente Santos, a montante do canal de navegação do porto, incorporando área greenfield destinada ao desenvolvimento de novos projetos. As novas dimensões estão alinhadas com o mais recente plano de desenvolvimento do ministério, anunciado em julho de 2020.

Antes da expansão da fronteira, quase 95% da área operacional do Porto de Santos estava ocupada. A expansão faz parte do plano do governo de privatizar os portos do Brasil; pretende-se agregar valor e aguçar o interesse das partes interessadas nos portos.

A agência reguladora aquaviária brasileira, Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), divulgou um pedido de comentários sobre a melhor forma de privatizar o Porto de Santos. A consulta pública estará aberta de 31 de janeiro a 16 de março.

“O prazo da Concessão será de 35 anos, renovável por até 5 anos. Os investimentos previstos somam R$ 2 bilhões ao longo do prazo contratual. O valor inicial da outorga será de R$ 250 milhões”, disse a ANTAQ em comunicado.

Isso ocorre várias semanas depois que a ANTAQ aprovou um edital de licitação para a Companhia Portuária do Espírito (Codesa), que supervisiona os Portos de Barra do Riacho e Vitória. Efetivamente, inicia a privatização dos dois portos – um projeto inédito na história do transporte marítimo brasileiro. O contrato de concessão também será válido por 35 anos e renovável por mais cinco anos, e deverá trazer US$ 60 milhões em investimentos privados.

“Com a privatização da Codesa, a expectativa é que o Porto de Vitória dobre a movimentação de cargas de 7 milhões de toneladas para 14 milhões de toneladas por ano. Para o terminal portuário de Barro do Riacho, a expectativa é explorar novas áreas, pois 522 mil metros quadrados, do total de 860 mil metros quadrados, são greenfield”, disse a Antaq.

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Fotos mostram enchentes ‘apocalípticas’ que engolfam o sul do Brasil

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Fotos mostram enchentes ‘apocalípticas’ que engolfam o sul do Brasil

Semanas de chuvas incessantes e intensas causaram uma das piores enchentes do Brasil em décadas. No estado do Rio Grande do Sul, no sul do país, onde 80% da área está submersa, pelo menos 108 pessoas morreram e mais de 100 estavam desaparecidas até quinta-feira. Espera-se mais chuva.

Uma vista aérea mostra áreas inundadas na cidade de Encantado, Rio Grande do Sul, Brasil, em 1º de maio de 2024. Pelo menos 100 pessoas morreram nas enchentes, que são as piores no Sul do Brasil em décadas.

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O impacto nas comunidades locais é grave. Daniel Jaramillo, que mora em Caños, perto de Porto Alegre, descreveu a situação como a inundação do rio Guapa: “Algumas pessoas perderam tudo. É devastador ver nossa cidade, nossas casas, submersas. É como um desastre”, disse ele. Semana de notícias.

As autoridades do estado de 11 milhões de habitantes ficaram impressionadas com a escala da devastação que começou na semana passada, após chuvas invulgarmente fortes e prolongadas associadas ao El Niño. As autoridades esperam que o número de mortos aumente à medida que a água recua.

Inundações no Brasil
Vista aérea do estádio Beira-Rio inundado do Internacional, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, em 7 de maio de 2024.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva dirigiu-se à nação, reconhecendo a escala do desastre e prometendo ajuda federal. “Temos que nos preparar porque quando a água baixar e os rios voltarem ao normal veremos a dimensão do desastre”, disse ele.

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A cidade de Porto Alegre, onde vivem 1,3 milhões de pessoas, foi quase completamente isolada pelas enchentes. Depois que cinco das seis estações de tratamento de água da cidade pararam de funcionar, 80% da população não teve acesso a água encanada. As autoridades municipais estão convocando qualquer pessoa que possua “barcos de qualquer tipo” para disponibilizá-los às equipes de emergência, já que milhares de moradores ainda precisam ser resgatados de bairros isolados pela água.

Inundações no Brasil
Moradores locais deslocam-se em barcos após enchentes causadas por fortes chuvas em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, em 6 de maio de 2024.

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No meio da devastação, uma história de resgate em particular chamou a atenção do país: o resgate de Caramalo, um cavalo preso num telhado. A imagem de um animal cercado por enchentes agressivas tornou-se um símbolo comovente do impacto do desastre depois de se tornar viral nas redes sociais esta semana.

As equipes de resgate conseguiram chegar a Caramelo um dia depois de encontrá-lo. O cavalo de 770 quilos foi sedado por veterinários, colocado em um barco do Corpo de Bombeiros de São Paulo e levado para um hospital. Ele está desidratado, mas está se recuperando. Todo o resgate foi transmitido ao vivo para todo o Brasil.

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Os especialistas associam a intensidade destas inundações às alterações climáticas e à urbanização, que é exacerbada pelo padrão climático El Niño. Claudio Angelo, jornalista com 20 anos de experiência na cobertura de negociações climáticas internacionais e ciência climática, disse: Semana de notícias: “É claro que uma parcela significativa da população brasileira reconhece a ligação entre eventos catastróficos recentes e mudanças climáticas.”

Inundações no Brasil
Vista aérea de pessoas caminhando por uma rua alagada no bairro Navegantes, em Porto Alegre, Rio da Grande do estado, Brasil, em 4 de maio de 2024.

Boas fotos

A diversificada paisagem geográfica do Brasil também o torna suscetível a certos desastres naturais. No sul, os estados são afetados por enchentes, enquanto as regiões semiáridas do leste sofrem secas frequentes.

Mas, segundo Angelo, tanto a frequência como a gravidade dos eventos climáticos extremos ou raros estão a aumentar. “Isto sublinha a necessidade urgente de estratégias abrangentes para mitigar os impactos destes desafios climáticos emergentes”, disse ele.