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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestará homenagem na terça-feira, quando o Brasil se despede da lenda do futebol Pelé, amplamente considerado o maior jogador de todos os tempos.
Após três dias de luto nacional, o Brasil presta suas últimas homenagens ao jogador conhecido como “O Rei”, que morreu na quinta-feira aos 82 anos após uma batalha contra o câncer.
Lula, que tomou posse no domingo em uma cerimônia que começou com um minuto de silêncio para Pelé, viajará para a cidade de Santos, no sudeste do país, para “prestar suas homenagens e prestar suas homenagens”, uma vez que uma vigília de 24 horas para o falecido ícone termina em 21h :00 am (1200 GMT), disse seu escritório.
Milhares de torcedores e dignitários do futebol, incluindo o presidente da FIFA, Gianni Infantino, já levaram o caixão preto de Pelé ao estádio onde ele surpreendeu o mundo pela primeira vez, na Vila Belmiro, casa de seu clube de longa data, o Santos FC.
“Pelé é eterno. Ele é um ícone global do futebol”, disse Infantino a repórteres na segunda-feira, acrescentando que o órgão dirigente do futebol pedirá a todos os países membros que nomeiem um estádio em homenagem ao jogador.
Antonio Carlos Pereira da Silva, um artista de 36 anos, disse que chegou à meia-noite quando a vigília começou na manhã de segunda-feira para ser a primeira pessoa a chegar.
“Estaria mentindo se dissesse que não chorei quando ele morreu”, disse à AFP.
“Pelé nos ensinou muito. Não só o Brasil, mas o mundo inteiro.”
Nascido Edson Arantes do Nascimento, Pelé entrou em cena aos 15 anos, quando estreou profissionalmente no Santos.
Ele venceu a Copa do Mundo três vezes com o Brasil em 1958, 1962 e 1970 – o único jogador na história a conseguir o feito.
Homenagens vieram de todo o mundo após sua morte, com quem é quem das atuais e antigas lendas do futebol elogiando sua genialidade pelo “jogo bonito”.
Atletas, políticos, dignitários e torcedores se reuniram em Santos para a cerimônia, embora o fim de semana do feriado de Ano Novo possa ter uma queda no comparecimento.
O caixão de Pelé foi carregado para o estádio por carregadores vestidos de preto liderados por seu filho Edinho na manhã de segunda-feira.
A viúva do falecido ícone, sua terceira esposa Marcia Sibele Aoki, com quem se casou em 2016, chorou na frente de seu caixão aberto para tocar sua cabeça. Ela também colocou um rosário em seu caixão.
O caixão estava coberto com as bandeiras do Santos e do Brasil e cercado por flores brancas, incluindo buquês de jogadores como o Real Madrid ou o atual craque brasileiro Neymar.
Outras homenagens vieram de todo o Brasil.
Na sede da Confederação Brasileira de Futebol, no Rio, um cartaz gigante com a imagem de Pelé traz os dizeres “Eternidade”.
Pelé estava com a saúde frágil, sofrendo de problemas renais e, posteriormente, câncer de cólon.
Mas ele permaneceu ativo nas redes sociais, torcendo pelo Brasil de seu leito de hospital em São Paulo durante a Copa do Mundo no Catar e consolando os favoritos antes do torneio quando foi eliminado nas quartas de final três semanas antes de sua morte.
O cortejo fúnebre por Santos passará pela casa da mãe de Pelé, Celeste Arantes, 100 anos, ainda viva.
Terminará no Cemitério Memorial de Santos, onde será realizado um funeral católico antes de Pelé ser sepultado em um cemitério especial.