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Israel proíbe presidente brasileiro após Lula comparar guerra em Gaza ao Holocausto

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Israel proíbe presidente brasileiro após Lula comparar guerra em Gaza ao Holocausto

Rio de Janeiro, Brasil (JTA) – Um grande conflito entre o Brasil e Israel ocorreu depois que o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva comparou a guerra de Israel em Gaza ao Holocausto.

As relações entre os dois países ficaram tensas no ano passado, quando Da Silva, conhecido como Lula, um político de esquerda que há muito critica Israel, derrotou o aliado de direita de Israel, Jair Bolsonaro, para recuperar a presidência. Lula serviu anteriormente como presidente de 2003 a 2010, o que incluiu a primeira visita de um chefe de estado brasileiro a Jerusalém desde 1876.

Agora, Israel proibiu a visita de Lula e o Brasil chamou de volta o seu embaixador em meio aos comentários do presidente durante a 37ª cúpula da União Africana na Etiópia, no domingo.

Lá, Lula acusou Israel de travar uma guerra genocida contra “mulheres e crianças” em Gaza.

“O que está acontecendo em Gaza com o povo palestino não tem paralelo em nenhum outro momento histórico. Na verdade, foi quando Hitler decidiu matar os judeus”, disse Lula aos repórteres. “Esta não é uma guerra contra soldados. É uma guerra entre um exército bem preparado e mulheres e crianças.

O número de mortos em Gaza, onde vivem mais de 2 milhões de palestinos, ultrapassou 29 mil, disse o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, na segunda-feira. As estatísticas não fazem distinção entre combatentes e civis. Israel disse na segunda-feira Estima-se que 12 mil terroristas do Hamas foram mortos em GazaOs associados do grupo terrorista relataram isso Acredita-se que tenha perdido 6.000 combatentes.

O Ministro das Relações Exteriores, Lula, que na época condenou o ataque do Hamas em 7 de outubro a Israel, também enfatizou a importância de condenar os ataques do Hamas contra civis israelenses.

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O governo israelense respondeu rápida e duramente aos comentários de Lula.

“Não esqueceremos e não perdoaremos”, disse o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz. “Este é um sério ataque antissemita. Em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel: diga ao Presidente Lula que ele não é privado em Israel até que o retire.

No X, antigo Twitter, Katz escreveu Israel tem o “direito de se defender” e o embaixador do Brasil em Israel será convocado ao seu gabinete para repreensão.

Katz supostamente convidou o embaixador do Brasil em Israel para uma repreensão formal proferida no Yad Vashem, o memorial nacional de Israel aos dois terços dos judeus europeus mortos pelos nazistas durante o Holocausto. Lula então chamou de volta Federico Mayer, embaixador no Brasil, embora a Embaixada do Brasil no Brasil permanecesse aberta.

Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu Tweetado Condenação do presidente brasileiro. Netanyahu chamou as palavras de Lula de “vergonhosas” e “extremas” e acusou-o de “banalizar” o Holocausto.

“Comparar Israel ao holocausto nazista e a Hitler ultrapassa uma linha vermelha”, escreveu Netanyahu. “Israel está a lutar pela sua segurança e garantir o seu futuro até alcançar a vitória completa e defender o direito internacional.”

Entretanto, o Hamas aceitou os comentários de Lula e agradeceu ao presidente brasileiro por traçar paralelos entre o Holocausto e o conflito em curso em Gaza.

A Federação Israelita Brasileira, a organização judaica do país, disse que a comparação de Lula era “infundada”. O seu presidente, Claudio Lautenberg, disse numa entrevista televisiva que tinha visitado o Yad Vashem com Lula e acreditava que Lula tinha falado mal na Etiópia.

“O presidente Lula foi muito sensível a tudo o que aconteceu em relação ao Holocausto”, Lautenberg Globonews disse. “Portanto, quando ele compara coisas incomparáveis, percebemos que isso é feito abertamente”.

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Lautenberg também disse na entrevista que não tinha certeza se Israel deveria emitir uma reprimenda oficial ao embaixador brasileiro.

“Acho que precisamos lidar com tudo isso com um pouco mais de maturidade”, disse ele. “Para mim basta que o Presidente se mude. É muito simples: quantos de nós, às vezes, ultrapassamos certos limites e dizemos coisas que muitas vezes temos que retirar. Mas admito que foi uma decepção.

Fontes com conhecimento da divisão diplomática disse à mídia israelense O Brasil não tem planos de recuar ou pedir desculpas pelos comentários de Lula, com Israel impondo como condição permitir sua visita no futuro.

Lula atraiu críticas de Israel e dos judeus no passado. Em 2009, deu as boas-vindas calorosamente ao antigo presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, um notório negador do Holocausto cujo regime perseguia minorias e críticos. A visita atraiu críticas internacionais.

Um ano depois, Lula fez sua histórica viagem a Israel. No entanto, recusou-se a visitar o túmulo de Theodor Herzl como parte de um itinerário de visita a autoridades estrangeiras para celebrar o 150º aniversário do pai do sionismo. Poucos dias depois, ele depositou uma coroa de flores no túmulo de Yasser Arafat em Ramallah. No último mês da sua administração, o seu governo reconheceu oficialmente o Estado palestiniano.

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Fotos mostram enchentes ‘apocalípticas’ que engolfam o sul do Brasil

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Fotos mostram enchentes ‘apocalípticas’ que engolfam o sul do Brasil

Semanas de chuvas incessantes e intensas causaram uma das piores enchentes do Brasil em décadas. No estado do Rio Grande do Sul, no sul do país, onde 80% da área está submersa, pelo menos 108 pessoas morreram e mais de 100 estavam desaparecidas até quinta-feira. Espera-se mais chuva.

Uma vista aérea mostra áreas inundadas na cidade de Encantado, Rio Grande do Sul, Brasil, em 1º de maio de 2024. Pelo menos 100 pessoas morreram nas enchentes, que são as piores no Sul do Brasil em décadas.

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O impacto nas comunidades locais é grave. Daniel Jaramillo, que mora em Caños, perto de Porto Alegre, descreveu a situação como a inundação do rio Guapa: “Algumas pessoas perderam tudo. É devastador ver nossa cidade, nossas casas, submersas. É como um desastre”, disse ele. Semana de notícias.

As autoridades do estado de 11 milhões de habitantes ficaram impressionadas com a escala da devastação que começou na semana passada, após chuvas invulgarmente fortes e prolongadas associadas ao El Niño. As autoridades esperam que o número de mortos aumente à medida que a água recua.

Inundações no Brasil
Vista aérea do estádio Beira-Rio inundado do Internacional, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, em 7 de maio de 2024.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva dirigiu-se à nação, reconhecendo a escala do desastre e prometendo ajuda federal. “Temos que nos preparar porque quando a água baixar e os rios voltarem ao normal veremos a dimensão do desastre”, disse ele.

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A cidade de Porto Alegre, onde vivem 1,3 milhões de pessoas, foi quase completamente isolada pelas enchentes. Depois que cinco das seis estações de tratamento de água da cidade pararam de funcionar, 80% da população não teve acesso a água encanada. As autoridades municipais estão convocando qualquer pessoa que possua “barcos de qualquer tipo” para disponibilizá-los às equipes de emergência, já que milhares de moradores ainda precisam ser resgatados de bairros isolados pela água.

Inundações no Brasil
Moradores locais deslocam-se em barcos após enchentes causadas por fortes chuvas em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, em 6 de maio de 2024.

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No meio da devastação, uma história de resgate em particular chamou a atenção do país: o resgate de Caramalo, um cavalo preso num telhado. A imagem de um animal cercado por enchentes agressivas tornou-se um símbolo comovente do impacto do desastre depois de se tornar viral nas redes sociais esta semana.

As equipes de resgate conseguiram chegar a Caramelo um dia depois de encontrá-lo. O cavalo de 770 quilos foi sedado por veterinários, colocado em um barco do Corpo de Bombeiros de São Paulo e levado para um hospital. Ele está desidratado, mas está se recuperando. Todo o resgate foi transmitido ao vivo para todo o Brasil.

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Os especialistas associam a intensidade destas inundações às alterações climáticas e à urbanização, que é exacerbada pelo padrão climático El Niño. Claudio Angelo, jornalista com 20 anos de experiência na cobertura de negociações climáticas internacionais e ciência climática, disse: Semana de notícias: “É claro que uma parcela significativa da população brasileira reconhece a ligação entre eventos catastróficos recentes e mudanças climáticas.”

Inundações no Brasil
Vista aérea de pessoas caminhando por uma rua alagada no bairro Navegantes, em Porto Alegre, Rio da Grande do estado, Brasil, em 4 de maio de 2024.

Boas fotos

A diversificada paisagem geográfica do Brasil também o torna suscetível a certos desastres naturais. No sul, os estados são afetados por enchentes, enquanto as regiões semiáridas do leste sofrem secas frequentes.

Mas, segundo Angelo, tanto a frequência como a gravidade dos eventos climáticos extremos ou raros estão a aumentar. “Isto sublinha a necessidade urgente de estratégias abrangentes para mitigar os impactos destes desafios climáticos emergentes”, disse ele.