Todos nós já passamos por isso ou ouvimos falar disso: alguém está conversando sobre querer uma jaqueta vermelha e, de repente, parece ver anúncios de jaquetas vermelhas por toda parte.
Os fabricantes de dispositivos eletrônicos equipados com microfones às vezes admitem vender dados de áudio a terceiros (anunciantes). Mas isso geralmente são dados de áudio acumulados depois O usuário solicitou que seu dispositivo começasse a ouvi-los e optou por esse tipo de coleta de dados (de preferência não por padrão).
Mas então surgiu uma empresa de marketing chamada CMG Local Solutions pânico Recentemente, ao sugerir que pode aceder às conversas privadas das pessoas através de dados recolhidos pelos microfones dos seus telefones, televisões e outros dispositivos eletrónicos pessoais, conforme relatado pela primeira vez por mídia 404 Quinta-feira. A empresa de marketing disse que usa essas conversas pessoais para direcionar anúncios.
Escuta activa
Escuta Ativa CMG local na rede Internet Começa com um banner promovendo a afirmação sutil, mas alarmante: “É verdade. Seus dispositivos estão ouvindo você”.
28 de novembro Postagem no blog A tecnologia de escuta ativa é descrita como o uso de inteligência artificial para “descobrir conversas relevantes em smartphones, smart TVs e outros dispositivos”. Como tal, a CMG afirmou saber “quando e o que ajustar”.
O blog também destacou descaradamente o desejo dos anunciantes de ouvir todos os sussurros que possam ajudá-los a direcionar as campanhas:
Este é um mundo onde os murmúrios pré-compra não passam despercebidos e os sussurros dos consumidores se tornam uma ferramenta com a qual você pode direcionar, redirecionar e conquistar o mercado local.
A empresa de marketing não forneceu detalhes precisos como Ela apóia suas reivindicações. que Arquivado O lançamento do site Active Listening forneceu uma análise vaga de como a escuta ativa supostamente funciona.
O site observou anteriormente que o CMG carrega dados anteriores de clientes em sua plataforma para criar “buyer personas”. Em seguida, a empresa identifica palavras-chave relevantes para o tipo de pessoa que o cliente CMG deseja atingir. A CMG também mencionou a colocação de um pixel de rastreamento nos sites de seus clientes antes de entrar na fase de escuta, que é apenas descrita como: “A escuta ativa começa e é analisada via IA para detectar conversas relevantes em smartphones, smart TVs e outros dispositivos”.
Uma versão arquivada da página discutiu uma análise dos dados baseada em IA e a criação de uma “lista de audiência codificada perene” usada para redirecionar anúncios em várias plataformas, incluindo transmissão de TV e áudio, anúncios gráficos, mídia social paga, YouTube e Google. E pesquisa no Bing.
Essa explicação não parece mais estar na página de Escuta Ativa, mas o CMG ainda diz que pode atingir pessoas que dizem coisas como “Uma minivan seria perfeita para nós” ou “Este ar condicionado está ligado”. [sic] Última parada!” nas conversas.
Mas eles são? Ativamente audição?
Em comunicado enviado por e-mail à Ars Technica, o Cox Media Group disse que suas ferramentas de publicidade incluem “produtos de terceiros alimentados por conjuntos de dados que são capturados de usuários por meio de várias mídias sociais e outros aplicativos e depois empacotados e revendidos a provedores de serviços de dados”. A declaração continua:
Publicidade baseada em voz e outros dados são coletados por essas plataformas e dispositivos sob os termos e condições fornecidos por esses aplicativos e aceitos por seus usuários, e podem então ser vendidos a empresas terceirizadas e convertidos em informações anônimas para anunciantes. Esses dados anonimizados são então revendidos por diversas empresas de publicidade.
A empresa acrescentou que “não ouve nenhuma conversa nem tem acesso a nada além de um conjunto de dados de terceiros agregados, anônimos e totalmente criptografados que possam ser usados para colocar publicidade” e “lamentamos”.[s] “Sem confusão.”
Antes do Cox Media Group enviar a sua declaração, as alegações da CMG de recolher dados sobre “conversas casuais em tempo real”, como dizia o seu blog, eram questionáveis. A CMG nunca explicou como nossos dispositivos seriam capazes de, de alguma forma, ter o poder de computação e de rede necessários para gravar e transmitir todas as conversas faladas dentro do alcance do dispositivo em “tempo real”, sem o conhecimento do proprietário do dispositivo. A empresa também nunca explicou como obteve o tipo de acesso que exigiria a obtenção de um mandado pelas autoridades. Isso apesar da afirmação do blog do CMG de que, por meio da escuta ativa, os anunciantes serão capazes de descobrir “a segunda pessoa em sua área que está preocupada com mofo em seu armário”, por exemplo.
A postagem do blog de novembro do CMG apontou para um parceiro de tecnologia não identificado que poderia “coletar e analisar dados de áudio durante conversas pré-compra”, bem como “a maior capacidade de acessar dados de microfone em dispositivos”.