Connect with us

Top News

O Brasil está tentando queimar suas evidências climáticas com a aproximação da COP26

Published

on

RIO DE JANEIRO, 27 de outubro (Fundação Thomson Reuters) – O governo brasileiro pediu que mais de 200 empresas contribuíssem com ideias sobre a abordagem do país à cúpula que antecede a Conferência sobre Mudanças Climáticas COP26 da ONU.

No entanto, muitos dos listados em seu anúncio – incluindo organizações sem fins lucrativos, think-tanks e empresas estatais – disseram na semana passada que não abordaram o jornal Estado de São Paulo sobre a reunião de domingo em Glasgow.

O descontentamento público foi rápido após a recente controvérsia sobre o Brasil antes da COP26.

Há poucos dias, uma organização ambiental sem fins lucrativos acusou o presidente Jair Bolsanaro de cometer crimes contra a humanidade por destruir as florestas da floresta amazônica.

Mas o ministro do Meio Ambiente do Brasil, Joachim Leid, anunciou que seu país sul-americano seria “parte da solução” nas negociações da ONU.

“Vamos ajudar a promover projetos verdes e avançar em direção a uma nova economia verde”, disse Lead – que liderará os delegados do país à conferência – em um comunicado no início deste mês.

Mas ativistas, analistas e políticos estão preocupados com a resposta do Brasil à COP26, onde serão examinados o setor de agronegócio do país e os mercados de comércio de carbono, bem como a taxa de desmatamento na Amazônia.

Especialistas temem que o governo use a conferência para melhorar sua imagem por meio de deturpações – mas dizem que as autoridades poderiam ser mais cooperativas com outros líderes do que o normal nas negociações sobre o clima.

“Na última conferência (COP25) em Madri, o governo arruinou todos os debates”, disse Rodrigo Agostinho, presidente da Comissão de Meio Ambiente do Congresso brasileiro.

READ  Orlando City transfere Antonio Carlos para o Fluminense

Acreditando que a crescente perda de apoio às políticas climáticas de Bolzano no Brasil e no exterior foi um dos motivos, Agostinho previu que “não seremos um grande estorvo neste momento”.

Bolzano está isolado internacionalmente desde a derrota na eleição de 2020 do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que rejeitou as mudanças climáticas e expulsou seu país do Acordo de Paris de 2015 para controlar o aquecimento global.

No Brasil, empresários e políticos sentiram o impacto da reputação do país, e países como a França buscam alternativas à soja e à carne brasileiras associadas ao desmatamento, disse Agostinho.

“O exportador agrícola está sob intensa pressão de seus compradores”, disse o congressista, à medida que os comerciantes de commodities estão cada vez mais tentando garantir que seus produtos não venham de áreas desmatadas.

Cientes da pressão crescente, alguns parlamentares ligados ao agronegócio brasileiro disseram: “O governo precisa mudar seus hábitos”.

O Ministério do Meio Ambiente não respondeu a um pedido de comentários.

‘Outra realidade’

O Brasil vê a COP26 como uma oportunidade para reparar sua reputação manchada de mudança climática, disse Julia Neva, chefe de programas ambientais da organização sem fins lucrativos Conectas Direitos Humanos, após os preparativos do governo para a conferência.

Embora o governo brasileiro não tenha alocado espaço para apresentações na COP25 de 2019, terá uma área em Glasgow.

Neva, no entanto, disse temer que as autoridades possam tentar apresentar projetos já concluídos pelo governo na fase de planejamento ou compartilhar outras “informações distorcidas”.

Por exemplo, Bolsanaro fez um discurso na Assembleia Geral da ONU no mês passado no qual elogiou as leis ambientais do Brasil – sem mencionar os esforços de seu governo para enfraquecê-las, disse ele.

READ  Ondas de calor e desigualdades socioeconômicas no Brasil

“Aqueles que ouvem as explicações do governo deveriam questioná-los … porque eles estão fazendo o que lhes é mandado fazer”, acusou.

As autoridades estrangeiras que buscam uma visão mais equilibrada dos esforços do Brasil também devem falar aos membros da sociedade civil do país, que podem “apresentar uma realidade muito diferente”, disse ele.

Duas organizações sem fins lucrativos listadas – a Tropical Forest Alliance (TFA) e o WWF – Brasil – que foram listadas como consultadas pelo Ministério do Meio Ambiente do Brasil antes da COP26 no mês passado, disseram que estavam frustradas porque o governo não conseguiu se envolver de forma significativa com elas.

“A tentativa do governo de dar alguma legitimidade aos planos do governo para a COP26 parece uma tentativa desesperada”, disse o diretor-executivo do WWF-Brasil, Mauricio Voivodic, que estava na lista consultiva, mas não foi contatado pelo ministério. .

Um aspecto positivo para o Brasil na COP26 pode ser seus esforços para abordar as questões espinhosas em torno da Seção 6, que inclui o papel dos mercados de carbono.

As regras que regem como esses mercados devem operar – a chave para estabelecer esquemas confiáveis ​​de compensação de carbono na natureza, por exemplo – permaneceram sem resolução desde 2015.

Stella Hershman, especialista em política climática da Agência Brasileira de Monitoramento do Clima, disse que o governo deveria agora propor soluções para pontos polêmicos relacionados ao comércio de carbono, ao invés de bloquear as negociações, já que o Brasil poderia se beneficiar de pagar para preservar as florestas. .

O Congresso brasileiro tem um projeto de lei para criar um mercado nacional voluntário de carbono que pode ser rapidamente votado em lei, disse o legislador Agostinho.

READ  Uma viagem de fim de semana com orçamento limitado

Todos estão interessados ​​em criar um mercado de carbono independente, disse ele. Mas ele previu que um mercado forte não seria possível até “no dia seguinte”, até que Bolzano deixasse o cargo.

Relatado por Fabio Teixeira @ffctt; Edição de Kieran Gilbert e Larry Goring. Graças à Thomson Reuters Foundation, a Thomson Reuters Foundation, que cobre a vida de pessoas em todo o mundo que lutam para viver de forma livre ou justa. http://news.trust.org Visita

Nossos padrões: Princípios de confiança da Thomson Reuters.

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Top News

Brasil amplia programa de ajuda financeira estudantil para atingir mais 1,2 milhão

Published

on

Brasil amplia programa de ajuda financeira estudantil para atingir mais 1,2 milhão

O programa de ajuda financeira estudantil do Brasil, Pe-de-Meia, está passando por uma expansão significativa com o objetivo de atrair mais 1,2 milhão de estudantes.

Antes focado nos beneficiários do programa de assistência social Bolsa Família, Pe-de-Meia passará a incluir familiares cadastrados no Cadastro Único de Programas Sociais (CadUnico). Isto alarga o alcance do regime a uma secção mais vasta de famílias de baixos rendimentos.

O programa tem histórico comprovado com mais de 2,4 milhões de estudantes já beneficiados. Para acomodar o afluxo de novos participantes, o governo aumentará o orçamento anual de Pé-de-Meia em R$ 3 mil milhões, elevando o total para R$ 10,1 mil milhões (aproximadamente 1,98 mil milhões de dólares). A informação foi noticiada pela RedeTV, parceira Tijolos de TV.

Os alunos matriculados no programa recebem um incentivo anual de R$ 3 mil (cerca de US$ 585). Isso pode totalizar R$ 9.200 (aproximadamente US$ 1.793) para concluir um programa de ensino médio de três anos. Os fundos são depositados automaticamente em contas digitais para facilitar o acesso.

A ampliação faz parte de uma medida temporária que instituiu o programa Acrédita assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pe-de-Meia aborda a desigualdade social fornecendo ajuda financeira para incentivar os estudantes a permanecerem académicos e a concluírem o ensino secundário.

Para ter direito ao Pe-de-Meia, o aluno deve ter entre 14 e 24 anos, regularmente matriculado em escola pública de ensino médio e pertencer a família cadastrada no CadUnico.

READ  Como a 77Sol planeja crescer no mercado de energia solar GD no Brasil
Continue Reading

Top News

FastSpring e EBANX expandirão pagamentos Pix para produtos digitais no Brasil

Published

on

Por Delisha Fernandez

Hoje

  • Pagamentos transfronteiriços
  • Produtos digitais
  • Soluções de comércio eletrônico

EBANXPrimavera rápida e EBANXUma empresa global de tecnologia especializada em pagamentos fez parceria para expandir o Pix Payments para produtos digitais no Brasil.

O Pix foi lançado em 2020 pelo Banco Central do Brasil. Como parte desta parceria, a plataforma FastSpring integrará os recursos de processamento de pagamentos Pix do EBANX para ajudar empresas globais de SaaS, software, videogames e produtos digitais a entregar pagamentos Pix. Os clientes brasileiros são perfeitos.

“Esta parceria com o EBANX permite à FastSpring alavancar os pagamentos locais, começando pelo maior mercado da América Latina, ao oferecer um dos métodos de pagamento preferidos do país”, afirmou. Dom Garcia, Diretor Sênior de Pagamentos, Risco e Conformidade da FastSpring. “A plataforma FastSpring permite que vendedores de produtos digitais aceitem os métodos de pagamento globais mais populares. A adição do Pix abrirá o mercado brasileiro para novos compradores que não possuem cartões ativados internacionalmente. Brasil. Nossa parceria com o EBANX possibilita essa atualização sem código para nossos clientes.

A parceria permite que as produtoras brasileiras de produção digital usem a plataforma da FastSpring para impulsionar sua expansão global, ao mesmo tempo em que mantêm pagamentos de Pix perfeitos para seus clientes em casa. A integração marca a aceitação dos pagamentos Pix pela FastSpring e reforça seu compromisso em fornecer soluções de pagamento localizadas aos seus clientes no mercado latino-americano.

EBANX é conhecido por sua expertise em pagamentos internacionais América latinaParceiro exclusivo da FastSpring que processa Pix servirá como forma de pagamento Brasil. Com o amplo conhecimento e infraestrutura regional do EBANX, a FastSpring visa agilizar os processos de pagamento e melhorar a experiência geral de compra de seus clientes e dos clientes deles. Brasil.

READ  Como a 77Sol planeja crescer no mercado de energia solar GD no Brasil

“A colaboração entre FastSpring e EPANX é um avanço significativo no fornecimento de soluções de pagamento personalizadas para empresas de produtos digitais. Brasil,” disse Gregório Cornwell, Vice-presidente de Canais e Desenvolvimento de Negócios do EBANX. “Ao integrar o Pix Payments à plataforma FastSpring, estamos facilitando o acesso a um sistema de pagamento importante no mercado brasileiro, ajudando, em última análise, as empresas a expandir seu alcance e impulsionar o crescimento.”

Além do Pix, a plataforma da FastSpring oferece uma solução abrangente de comércio eletrônico, incluindo serviços de comerciante de registros que lidam com cálculo, cobrança e remessa de impostos, reduzindo assim a complexidade operacional e os custos para empresas de produtos digitais em expansão global.

Artigo anterior

Parceiro Flutterwave & Acquired.com para pagamentos com cartão no Send App

consulte Mais informação

Continue Reading

Top News

Frustrados com Lula, Marcha dos Povos Indígenas pelo Reconhecimento de Terras | Siouxland orgulhoso | Sioux City, IA

Published

on

Frustrados com Lula, Marcha dos Povos Indígenas pelo Reconhecimento de Terras |  Siouxland orgulhoso |  Sioux City, IA

BRASÍLIA, Brasil (AP) – Milhares de povos indígenas se reuniram na capital do Brasil na quinta-feira para pedir ao governo que reconheça oficialmente as terras em que viveram durante séculos e proteja os territórios de atividades criminosas, como a mineração ilegal.

Carregando cartazes com mensagens como “O futuro é tribal”, eles marcharam em direção à Praça dos Três Poderes, onde ficam o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e o palácio presidencial do Planado, em Brasília.

Um grupo de lideranças indígenas entrou no palácio para falar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto outros gritavam no prédio: “Nossos direitos não são negociáveis”. Na semana passada, ele recuou na criação de quatro territórios indígenas, alegando oposição dos governadores dos estados.

Além dos apelos por mais reconhecimento de terras, algumas tribos se opuseram a um projeto ferroviário proposto de 950 quilômetros (590 milhas) para levá-los do estado de Mato Grosso, no centro do país, aos portos ao longo do rio Dapajos. Um afluente do Amazonas.

Os líderes tribais das tribos Kayabo, Banara e Munduruku temem não ter sido adequadamente consultados e que a nova infra-estrutura levará ao aumento do desmatamento.

O comício de quinta-feira marcou o culminar do acampamento anual das Tribos da Terra Livre, agora na sua 20ª edição. A reunião deste ano marcou um olhar crítico sobre a gestão Lula. Diferentemente dos dois anos anteriores, o presidente não foi convidado para o acampamento montado na principal esplanada de Brasília.

“Há instabilidade política, desrespeito e desconfiança”, disse Mariwelton Barre, chefe das organizações indígenas do Rio Negro, à Associated Press durante a marcha.

“Esperamos muito do governo, mas ele faz muito pouco. Sabemos que o Congresso será hostil, mas não tanto quanto foi. No Congresso, o governo usa questões indígenas e ambientais como moeda de troca”, disse Barre, cuja organização tem 24 anos da região noroeste da Amazônia brasileira. Representa a tribo.

READ  É improvável que o Real Madrid busque uma transferência por 60 milhões de euros, o brasileiro Wizkid

Lula, que já foi presidente entre 2003 e 2010, foi empossado para um terceiro mandato em janeiro do ano passado. Desde então, a sua administração criou 10 territórios tribais, o que os líderes tribais dizem não ser suficiente. Segundo o Instituto Socioambiental, sem fins lucrativos, pelo menos 251 territórios têm pedidos pendentes de reconhecimento perante o governo federal.

Os territórios indígenas representam cerca de 13% do território brasileiro. A maioria dessas áreas está na floresta amazônica.

Mesmo num ritmo mais lento, as demarcações de Lula contrastam fortemente com as do seu antecessor, Jair Bolsonaro, que manteve a sua promessa de não criar um único centímetro de terra indígena adicional. No entanto, as exigências das tribos enfrentam uma oposição crescente da poderosa indústria do agronegócio, que conta com o apoio de centenas de membros do Congresso e de vários governadores em todo o país.

___

A cobertura climática e ambiental da Associated Press recebe apoio financeiro de diversas fundações privadas. A AP é a única responsável por todo o conteúdo. Encontre os Padrões AP para Trabalhar com Filantropos, lista de patrocinadores e áreas de cobertura financiadas em AP.org.

Continue Reading

Trending

Copyright © 2023