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Um mapa climático global? – DW – 30/11/2023

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Um mapa climático global?  – DW – 30/11/2023

O COP28 Conferência do Clima da ONURealizado em Dubai de 30 de novembro a 12 de dezembro, é tudo uma questão de dinheiro.

Os participantes discutirão os esforços para abrandar as alterações climáticas e quem pagará quanto pelas medidas de mitigação para as combater.

Antes da conferência, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que as nações industrializadas deveriam aprovar o projeto de lei – um sentimento partilhado por muitas economias emergentes e em desenvolvimento.

Depois de quatro anos sob a liderança do seu antecessor, Jair Bolsonaro, o Brasil de Lula está agora ansioso por estar mais uma vez na vanguarda da proteção climática.

Um fundo, muitos projetos

Uma das ferramentas para isso é o próprio Fundo Amazônia. Foi criado em Agosto de 2008, com a Noruega a fornecer 90% do financiamento e a Alemanha a contribuir com 10%. O instrumento financeiro foi renovado desde a volta de Lula ao cargo em 2023.

Protegendo a floresta amazônica do Brasil, uma árvore de cada vez

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O Fundo Amazônia é único no apoio a projetos climáticos fora do Brasil. Por exemplo, isto inclui o fornecimento de apoio financeiro e técnico para a monitorização por satélite da floresta amazónica na Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela, Guiana e Suriname.

O financiamento também pagou esforços de conservação da floresta tropical ao longo do rio Mekong na República do Congo, na República Democrática do Congo e no Bornéu.

“A cooperação Sul-Sul é possível. Foi planejada desde o início”, disse Nabil Moura Kadri, do banco de desenvolvimento BNDES do Brasil, à DW. O BNDES administra o Fundo Amazônia.

O dinheiro fornecido pelo fundo não precisa ser reembolsado. Atualmente, o fundo dispõe de 1,2 mil milhões de dólares (mil milhões de euros) e, com promessas da Alemanha, do Reino Unido, da Dinamarca, da Suíça, dos EUA e da UE, esse montante poderá duplicar.

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O mecanismo de financiamento também difere de outros instrumentos importantes, como o Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF) e o Fundo Verde para o Clima (GCF). Os pagamentos são feitos a partir dos Fundos Amazon somente após o cumprimento das metas de segurança pré-estabelecidas.

Em outras palavras, o Brasil deve demonstrar que as taxas de desmatamento estão diminuindo. É um método que funciona bem, pois as taxas de desmatamento estão diminuindo. Entre 2008 e 2020, o desmatamento da Amazônia diminuiu de 13.000 quilômetros quadrados por ano para 4.500 quilômetros quadrados por ano, segundo o Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) do Brasil.

Só o Brasil é responsável

Até 2021, o desmatamento da Amazônia atingirá 13 mil quilômetros quadrados. Após a posse de Lula, essa destruição diminuiu. Entre agosto de 2022 e julho de 2023, Taxas de desmatamentoSegundo o INPE, passou de 11,5 mil quilômetros quadrados para 9 mil quilômetros quadrados em relação ao mesmo período do ano passado.

A taxa de desmatamento da Amazônia desacelerou desde o início do anoImagem: Eraldo Perez/AP Photo/Image Alliance

O Fundo Amazônia é único porque o Brasil decide como o dinheiro é usado. Isto facilita a aprovação de projetos em comparação com os mecanismos financeiros internacionais envolvidos na implementação de projetos, como o Banco Mundial e as organizações da ONU.

“O fundo é totalmente administrado pelo Brasil, desde a seleção do projeto até a alocação dos recursos”, disse Nabil Moura Kadri à DW. “Os doadores não fazem parte do comitê organizador do fundo que seleciona os projetos”.

As organizações não governamentais acolhem favoravelmente a flexibilidade e a eficiência do financiamento. Representantes da sociedade civil fazem parte do comitê organizador do fundo, juntamente com representantes dos estados federais brasileiros e dos ministérios centrais.

“O financiamento da Amazon é uma ferramenta muito importante para o Brasil ter acesso ao financiamento internacional”, disse o diretor do Climate Watch, Marcio Astrini, à DW. Atua como organização guarda-chuva para cerca de 90 organizações não governamentais brasileiras.

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Os fundos não são correspondidos

Apesar do financiamento bem sucedido para projectos de protecção climática na Amazónia e noutras regiões de floresta tropical, os combustíveis fósseis atraem mais investimentos do que projectos de energias renováveis. Os subsídios aos combustíveis fósseis totalizaram 7 biliões de dólares no ano passado Fundo Monetário Internacional (FMI).

O Fundo Verde para o Clima, que detém 100 mil milhões de dólares (91 mil milhões de euros) por ano, parece quase insignificante em comparação. As finanças ainda estão muito longe de atingir este objectivo financeiro. No final de outubro deste ano, a sua carteira incluía 13,5 mil milhões de dólares para financiar 243 projetos em todo o mundo.

A Ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, tem uma agenda climática ambiciosaFoto: Evaristo Sá/AFP

“Mesmo que alcancemos os US$ 100 bilhões projetados pela primeira vez este ano, será muito baixo”, disse a ministra brasileira do Meio Ambiente, Marina Silva, à DW. “Os investimentos para limitar o aquecimento global são insuficientes e as nações industrializadas não estão a cumprir as suas promessas.”

O Brasil quer mostrar que as coisas podem ser feitas de forma diferente na próxima conferência climática COP28.

“Queremos mostrar projetos de reflorestamento bem-sucedidos e o uso ecológico e produtivo das florestas tropicais”, disse Nabil Moura, diretor do Amazon Funding. Estamos gerenciando 102 desses esquemas.

Este artigo foi traduzido do alemão.

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Incêndios na Amazônia brasileira começarão em 2024, combate a incêndios cortes no orçamento

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Incêndios na Amazônia brasileira começarão em 2024, combate a incêndios cortes no orçamento

Por Jake Spring

SÃO PAULO (Reuters) – A floresta amazônica do Brasil sofreu seus maiores incêndios nos primeiros quatro meses do ano, com o Sindicato dos Trabalhadores Ambientais atribuindo na segunda-feira, em parte, a redução dos gastos do governo com combate a incêndios.

O Ministério do Meio Ambiente e a agência de fiscalização ambiental IPAMA não responderam imediatamente a um pedido de comentários.

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, construiu sua reputação internacional protegendo a floresta amazônica e restaurando o Brasil como líder em política climática. A Amazónia, a maior floresta tropical do mundo, é vital para prevenir o aquecimento global catastrófico devido à enorme quantidade de gases com efeito de estufa que absorve.

Uma seca sem precedentes na floresta amazónica, impulsionada pelo fenómeno climático El Niño e pelo aquecimento global, contribuiu para as condições de seca que alimentaram os incêndios este ano.

Cerca de 12.000 quilômetros quadrados (4.633 milhas quadradas) da floresta amazônica brasileira foram queimados entre janeiro e abril, o maior número em mais de duas décadas de dados, de acordo com a agência brasileira de pesquisa espacial Inbe. É uma área maior que o Catar ou quase o tamanho do estado americano de Connecticut.

Os incêndios na Amazônia geralmente não ocorrem naturalmente, mas são frequentemente desencadeados por pessoas que buscam limpar terras para a agricultura.

Os cortes nos orçamentos de combate a incêndios também são parcialmente culpados, disse o sindicato dos trabalhadores ambientais Ascema em comunicado. Eles reclamaram que o orçamento do órgão ambiental Ibama para combate a incêndios neste ano é 24% menor que o de 2023.

Os agentes do IPAMA interromperam o trabalho de campo desde janeiro, em meio a tensas negociações com o governo central por melhores salários e condições de trabalho.

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Asema rejeitou a última oferta do governo e exigiu um grande aumento salarial depois de mais de uma década de escassos aumentos e de uma redução da força de trabalho.

Embora a área ardida seja um recorde para os primeiros quatro meses do ano, é insignificante em comparação com os incêndios que atingem essa quantidade num único mês durante o pico da estação seca, de Agosto a Novembro.

“O governo deve compreender que sem o envolvimento total dos trabalhadores ambientais, a situação esperada para este ano será um desastre sem precedentes”, disse o presidente da Ascema, Kleberson Javasky.

“Esforços de prevenção, como aumentar a conscientização sobre ignição, construir aceiros em áreas estratégicas e realizar queimadas prescritas dependem do emprego de pessoas com condições sustentáveis”, disse Manola Machado, pesquisadora de incêndios do Woodwell Climate Research Center. “Essas ações afetarão a gravidade da crise de incêndio quando as condições de seca permitirem que os incêndios se espalhem”.

(Reportagem de Jake Spring; edição de Brad Haynes e Aurora Ellis)

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Agricultores negros no Brasil estão mudando as percepções sobre a produção de café

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Agricultores negros no Brasil estão mudando as percepções sobre a produção de café

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Muitos no Brasil ainda associam a produção de café à escravidão.

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Muitos no Brasil ainda associam a produção de café à escravidão.

Quando Rafael Brandão descreve o café brasileiro de alta qualidade que ele faz com grãos provenientes exclusivamente de agricultores negros, muitos ainda associam o produto à escravidão.

O jovem de 31 anos compra seus grãos de café apenas em fazendas pertencentes a afrodescendentes e diz que seu objetivo é “inverter essa lógica” para negros como ele.

“A meu modo, estou tentando fazer reparações históricas”, disse Brandão à AFP em sua torrefação em Nova Iguaçu, um subúrbio pobre do Rio de Janeiro.

Há quatro anos lançou a sua marca, Café de Brito.

Em 2022 vendeu 800 quilos (cerca de 1.700 libras) e 1,4 toneladas no ano seguinte. Ele espera crescer para mais de duas toneladas após um aumento de 20% nas vendas apenas no primeiro trimestre deste ano.

O logotipo do Café de Brito é um punho negro levantado segurando um ramo de café, e as diferentes linhas de sabores recebem nomes de mulheres negras importantes da história brasileira.

O Brasil foi o último país das Américas a abolir a escravatura em 1888, e as disparidades raciais continuam elevadas num país onde mais de metade da população se identifica como “brito” (negro) ou mestiça.

'Mudando o mundo'

Com seus esforços, disse ele à AFP, ele quer lembrar ao mundo que o Brasil é um dos principais produtores de café nas regiões escravistas da África, onde o café se originou.

Rafael Brandão produz grãos provenientes exclusivamente de agricultores negros.

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Rafael Brandão produz grãos provenientes exclusivamente de agricultores negros.

Ele busca “quebrar o estigma de que os negros não produzem qualidade”.

Portanto, meu trabalho também esclarece isso, disse ele. “Hoje tenho seis cafés feitos por negros e são todos… de qualidade.”

Muitos de seus clientes também buscam qualidade e um produto que “mude o mundo”.

Brandão está na vanguarda da chamada Onda Negra de Negócios no Brasil, que promove negócios entre pessoas de ascendência africana como uma ferramenta para o progresso social.

No início, ele teve dificuldade em encontrar fornecedores negros porque a maioria das plantações de café no Brasil ainda pertencia a famílias brancas.

“Os meus fornecedores negros são a primeira geração a produzir nas suas próprias terras, muitas vezes apenas em alguns hectares”, disse ele.

Brandão teve que defender a cruzada escolhida mais de uma vez.

“Às vezes me perguntam: 'E se torrefadores de propriedade de brancos comprarem café de agricultores brancos e vice-versa?' Mas isso já não aconteceu?”

O logotipo do Café de Brito é um punho preto levantado segurando um ramo de café.

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O logotipo do Café de Brito é um punho preto levantado segurando um ramo de café.

Ao contrário dos pais, Neid Peixoto cultiva café nas terras de sua família, compradas pelo marido e ex-irmãos trabalhadores.

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Ao contrário dos pais, Neid Peixoto cultiva café nas terras de sua família, compradas pelo marido e ex-irmãos trabalhadores.

Da fazenda para a xícara

A cerca de 500 quilômetros (311 milhas) de Nova Iguaçu fica a plantação de café de 19 hectares (47 acres) de um dos primeiros fornecedores da marca, Neid Peixoto.

“Tenho contato com o café desde criança. Meus pais trabalhavam na lavoura e muitas vezes eu os acompanhava”, disse Peixoto, 49 anos, à AFP em sua fazenda no sudeste de Minas Gerais, meca da produção de café.

Ao contrário dos pais, ela cultiva café nas terras de sua família, compradas pelo marido e ex-irmãos trabalhadores.

“Ser um produtor negro de cafés especiais significa muito para mim porque… nós, negros, temos uma história muito difícil e dolorosa”, disse Peixoto.

A maior parte da produção da fazenda é destinada à exportação, mas os grãos reservados ao Café de Brito têm especial importância para Peixoto.

“É emocionante saber que o café que faço, o café feito por negros, é torrado por negros”, disse ele.

“Estou muito animado em saber que estamos fazendo essa conexão do produto à xícara aqui mesmo na fazenda”.

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Anderson Silva começou a lutar boxe com Chael Sonnen no Brasil

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Anderson Silva começou a lutar boxe com Chael Sonnen no Brasil

Foi anunciado no Fantástico da Globo na noite de domingo que Anderson Silva enfrentará Chael Sonnen em uma luta de boxe no dia 15 de julho no Brasil. O anúncio não revelava se era uma luta oficial ou de exibição, a categoria de peso e o número de rounds.

A luta está sendo anunciada como o “grande final” da carreira de Silva nos esportes de combate após 46 lutas de MMA e seis lutas de boxe, tanto oficiais quanto de exibição, mas não foi confirmado ou confirmado que Silva se aposentará após a luta. O recorde de boxe profissional de Silva é de 3-2 no evento.

Nascido em São Paulo em abril de 1975, Silva nunca teve a oportunidade de lutar em sua cidade natal. “The Spider” venceu nove das 11 lutas de MMA no Brasil, incluindo vitórias no UFC sobre Yushin Okami e Stephen Bonnar. Ele lutou contra Jared Cannonier pela última vez no país, no UFC 237, em maio de 2019, perdendo por nocaute técnico devido a chutes nas pernas.

Sonnen, ex-candidato ao título do UFC no peso médio e meio-pesado, perdeu para Silva duas vezes dentro do octógono. Sonnen ganhou fama ao atacar verbalmente o brasileiro antes do primeiro confronto, e expulsar Silva seria uma reviravolta épica. Sonnen perdeu por finalização no quinto round e, anos depois, a luta foi incluída no Hall da Fama do UFC. Silva venceu a revanche por nocaute técnico.

Sonnen, 7-7 dentro do octógono e 2-3 no Bellator, tem grandes vitórias no MMA sobre nomes como Mauricio Rua, Michael Bisping, Quinton Jackson e Yushin Okami. Sonnen voou para São Paulo em 2014 como treinador por uma temporada Lutador final Contra o Wanderlei Silva mas sem ter chance de lutar no país.

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